A língua e o poder



O domínio da língua e de sua expressão verbal não é só um instrumento comunicativo para trânsito de informações, a linguagem verbal e o poder estão intimamente relacionados e podemos ver isso claramente nos discursos ideológicos como os políticos e religiosos.
Todo falante que se propõe levar um público a adesão de seu pensamento deve ter bons argumentos e poder de persuasão. Dominar a arte da oratória e da retórica mostrando que é autoridade no assunto que se propõe debater e desenvolvendo um discurso eloquente e envolvente é necessário para eficazmente “fazer crer”, ou seja, fazer com que, de fato, o ouvinte acredite em suas ideias e passe a defendê-las apresentando a argumentação desenvolvida pelo “líder” e desenvolvendo suas próprias argumentações. O líder precisa, mostrar confiança no que ele próprio acredita pra levar o ouvinte a além de “fazer crer”, “fazer fazer”.
Um exemplo que temos, é o da figura de Jesus Cristo. O ministério de Cristo era de ensino, e durante três anos ele instruiu seus discípulos e antes de subir aos céus, conforme narrado na bíblia, ele deixou uma missão a estes. Jesus disse para eles divulgarem o evangelho a toda criatura, e eles foram, pois acreditavam de verdade no discurso de seu mestre e assim o cristianismo se tornou a maior religião do mundo.

Temos diversos outros exemplos de lideranças que levaram multidões a se tornarem seus seguidores e propagandistas, como Hitler, Gandhi, Mandela, Maomé e Getúlio Vargas. Todos estes dominavam a linguagem verbal, pois sabiam que quem domina a língua tem um grande instrumento de poder nas mãos.

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